Conheça ‘A Princesa da Yakuza’, mais novo filme brasileiro da Netflix com temática asiática

O sucesso de produções asiáticas tem sido tão expressivo nos últimos anos, que até mesmo os brasileiros entraram na onda e começaram a produzir suas próprias películas nesse estilo. E engana-se quem acha que estamos falando de alguma comédia pastelão ou algo do tipo, o assunto aqui é A Princesa da Yakuza, um thriller de ação brasileiros, porém, com elenco quase que totalmente asiático que acabou de chegar à Netflix.

Dirigido por Vicente Amorim, o filme é baseado nas HQs Samurai Shirô, do também brasileiro Danilo Beyruth. 

O longa marca uma parceria entre Brasil, Japão e Estados Unidos ao contar com uma equipe de produção e elenco vindos dos três países. A história se passa em grande parte no bairro da Liberdade, região de São Paulo conhecida por ser a maior comunidade japonesa do mundo fora do Japão.

Confira a seguir mais detalhes sobre o filme e se vale a pena assistir.

Sobre A Princesa da Yakuza

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Erradicada em São Paulo desde a infância, Akemi é uma jovem japonesa que durante toda a vida nunca teve pleno conhecimento sobre suas origens.

Isso muda quando ela completa 20 anos e acaba descobrindo que é a única herdeira de um dos braços da organização criminosa Yakuza, que no passado vitimou sua família.

Ao encontrar um desconhecido estrangeiro, sem memória e com uma arma milenar, ela inicia um caminho perigoso para saber mais sobre si e retomar aquilo que foi tirado de sua família no passado.

Produção

A Princesa da Yakuza é um projeto da produtora Tubaldini Shelling em parceria com a Warner Bros., que começou a ser rodado em 2019 no Brasil.

Amorim foi o diretor brasileiro convidado para adaptar a história para o cinema, muito disso devido a sua experiência em diversas outras produções estrangeiras como Corações Sujos e Rio, Eu te Amo.

O roteiro baseado na HQ de Beyruth foi escrito por Fernando Toste Kimi Lee. 

O filme estreou primeiramente nos cinemas mundiais em outubro de 2021, mas já havia tido seus direitos vendidos para distribuição pela Netflix.

Elenco

O filme de artes marciais com produção brasileira conta com um elenco notável e repleto de estrelas do cinema japonês e um nome marcante de Hollywood.

A cantora japonesa Masumi é quem encabeça a lista de atores que participam do filme. Muito conhecida em seu país por sua música, essa é a primeira grande experiência da artista em grandes telas.

Jonathan Rhys Meyers é com certeza o nome mais conhecido no elenco de A Princesa da Yakuza. Entre seus vários trabalhos em Hollywood, o ator é mais conhecido por filmes como Math Point e Missão Impossível III, e pelas séries The Tudors e Drácula.

Tsuyoshi Ihara é o terceiro grande destaque do filme. O ator japonês é um dos maiores nomes do cinema asiático, e além de vários longas e séries originais de seu país, se tornou conhecido no mundo todo após estrelar o filme Cartas de Iwo Jima do diretor Clint Eastwood, que concorreu em quatro categorias do Oscar de 2007.

Outros nomes no elenco são Eijiro Ozaki, Kenny Leu, Mariko Takai, Charles Paraventi, Toshiji Takeshima Lucas Oranmian.

Vale a pena assistir A Princesa da Yakuza?

Com uma fotografia impecável, A Princesa da Yakuza é uma grande chamativo para os olhos desde sua primeira cena ambientada no passado.

O início do filme é bastante interessante, mas depois de um tempo, o ritmo lento e a demora para se chegar a um objetivo concreto começam a incomodar um pouco.

São muitas cenas sem razão de ser, didáticas e desnecessárias e que apenas atrasam o objetivo do filme. Até que se entenda realmente o que está acontecendo e a ação comece de verdade, já se passou quase uma hora inteira.

Para além disso, as atuações são realmente boas. Jonathan Rhys Meyers não perdeu a mão na atuação, e seu desmemoriado com uma espada é convincente e, provavelmente o melhor personagem do longa.

Até mesmo Masumi entrega um bom trabalho, mesmo com sua pouca experiência e sua evidente falta de conhecimento do português, notáveis para uma personagem criada no Brasil por 20 anos, mais irrelevante para a narrativa.

Por fim, as cenas de luta são bastante satisfatórias e o longa entrega boas cenas de violência, com lutas de punhos e com a Katana misteriosa que acompanha os protagonistas.

Resumindo, não dá pra dizer que o filme possui uma história incrível, porém, é um filme de ação competente, com uma boa dose de mistério e cultura japonesa. Seu ritmo incomoda em muitos momentos e a narrativa tem muitos desvios, mas é possível terminá-lo sem a sensação de que se perdeu tempo.

Vale a pena dar uma chance.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para materiais em vídeo. Pseudo-cinéfila e apaixonada por todo universo Geek.
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