Caça Invisível | 5 problemas do novo filme da Netflix (com spoilers)

5 problemas de Caça Invisível, novo filme alemão da Netflix (Imagem: Divulgação/Netflix)
5 problemas de Caça Invisível, novo filme alemão da Netflix (Imagem: Divulgação/Netflix)

Na última sexta-feira (10), estreou no catálogo da Netflix o filme alemão de suspense Caça Invisível. Porém, repleto de problemas, Caça Invisível tem sido um verdadeiro fiasco, contando com notas baixíssimas no Rotten Tomatoes (apenas 3% de aprovação) e no IMDB (4.2/10) e recebendo críticas contundentes dos assinantes da plataforma.

Nesta matéria do Tech News Brasil, você vai conhecer alguns dos principais problemas de Caça Invisível, filme original da Netflix que tem tudo para ser uma das maiores bombas do ano (e olha que a plataforma já havia lançado outra bomba recentemente: Nuvem!).

O nome

Caçada Invisível parece que já estava predestinado a ser um fiasco desde o momento da tradução do nome. O título original do filme é Prey, que significa “presa” ou “vítima”. Nesse caso, até que o título faz sentido, pois o grupo de amigos realmente acaba virando uma presa do atirador misterioso.

Porém, em português, o título foi traduzido para “Caçada Invisível”. E há dois problemas com essa tradução. O primeiro deles é que não é a caça que é invisível, e sim supostamente o caçador. A caça é bem visível o tempo inteiro, já que o grupo é composto por pamonhas que não conseguem fechar a matraca nem quando estão sendo perseguidos por um assassino implacável.

O segundo problemas é que nem mesmo a caçadora (sim, é uma caçadora, e não um caçador) é invisível: ela é apresentada já nos primeiros minutos de filme e constantemente aparece em cena. O que nos leva a crer que nem mesmo o responsável pela tradução do título teve paciência para passar dos primeiros minutos do filme.

Personagens clichês

Todos os personagens do filme são clichês, repletos de estereótipos comuns em produções norte-americanas (mesmo sendo um filme europeu), e extremamente rasos. Há o personagem metido a bonzão que é grosso o tempo inteiro, há o que está morrendo de medo e toma atitudes irracionais, há o bonzinho em em excesso etc.

Além disso, mesmo sendo um grupo sem nenhum preparo para sobreviver em uma situação de perseguição e caçada, os integrantes tomam atitudes que nenhum ser humano tomaria em um contexto de risco. Como, por exemplo, ficar andando de um lado para o outro e parar para conversar, entregando a posição ao perseguidor.

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Atuações rasas

Grande parte dos problemas dos personagens é por conta do roteiro, que não é dos melhores. Porém, outro fator que prejudica a construção dos personagens são os atores, que entregam atuações bastante rasas.

E isso vai desde o protagonista, Roman (David Kross), até a atiradora, Eva (Maria Ehrich), passando por todos os outros integrantes do grupo de amigos. Por conta das atuações pouco impressionantes, não é possível se comover com a morte de nenhum dos personagens.

Roteiro que não avança

Não são apenas os personagens principais que estão andando em círculos na floresta: o roteiro também anda (ou patina). Além da premissa inicial (5 homens sendo perseguidos por uma atiradora misteriosa na floresta), Caça Invisível não vai muito além disso, fazendo com que o filme pareça muito mais longo do que realmente é.

Final terrível

Por fim, não podíamos deixar de mencionar o final do filme, considerado quase que unanimemente um dos piores dos últimos tempos.

A motivação de Eva fica clara, embora possa até ser questionada (ela ataca qualquer grupo de homens que encontra na floresta depois de ter sido assediada por um grupo de homens bêbados no passado e ter tido a sua filha, Anne, morta acidentalmente por um deles).

Porém, a motivação de ela ter se jogado do penhasco na cena final do filme não fica nem um pouco clara. Foi porque se lembrou da filha e se arrependeu de ter se embrenhado em uma onda de vinganças? Percebeu que nem todos os homens são ruins depois que Roman se recusa a atirar nela quando teve a chance? Jamais saberemos.

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Alexandre Garcia PeresEditor do Sobre Sagas e Analista de SEO da WebGo/Content. Raramente ri com filmes e prefere muito mais um dramão. Sempre conta os dias pelos próximos filmes do Tarantino, da Pixar e do Studio Ghibli e frequentemente reassiste os mesmos filmes na dúvida do que assistir. Pela formação em Letras, tem pavor de adaptações ruins de livros e sente um leve prazer ao assistir filmes muito ruins, especialmente os que passam na TV aberta. No tempo livre, gosta de tocar violão/guitarra, jogar videogame e brincar com um dos seus 12 gatos.
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