Microsoft e Discord encerram negociações sem fechar acordo
Algumas semanas atrás, a Microsoft ganhou os noticiários porque estava discutindo a compra do Discord, aplicativo para chamadas online. Porém, recentemente foi reportado que o Discord não está mais interessado em ser comprado por outra empresa, e que as discussões foram encerradas.
Essa negociação com a Microsoft, de acordo com os rumores, tratava de uma transação de pelo menos 10 bilhões de dólares. A ideia da gigante do software era integrar essa plataforma de comunicação a seu serviço de jogos por assinatura , o Xbox Game Pass, como estratégia para absorver as comunidades já fiéis ao Discord.
![Discord encerra negociações com Microsoft](https://technewsbrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/04/discord-scaled-e1618960359903.jpg)
O Discord já havia sido visto, antes da Microsoft, em discussões de venda com outras empresas, como a Epic Games e a Amazon. Porém, essas opções foram excluídas com a negociação exclusiva com a Microsoft.
Agora, apesar da grande soma de dinheiro que receberia por essa venda, o Discord encerrou também as negociações com a Microsoft, sem fechar nenhum acordo. O motivo disso é que a empresa não está mais interessada em ser comprada por nenhuma outra companhia, e deve se manter independente, pelo menos por enquanto.
Aparentemente, a ideia atual do Discord é abrir seu capital na Bolsa de Valores norte-americana. Porém, como por enquanto nada foi confirmado, sempre existe a possibilidade de que as negociações com outras empresas sejam reabertas.
Discord
Assim como outros serviços de comunicação ou ligados ao mercado de jogos, o Discord viu grande crescimento durante a pandemia do COVID-19. Como grande parte da população teve que se manter em isolamento, em casa, soluções online de entretenimento e conexão viram aumentar sua popularidade neste período.
No caso do Discord, há mais de uma vantagem oferecida pelo serviço para as circunstâncias atuais. Primeiro, o serviço inclui tanto chats de texto quanto chamadas de voz e de vídeo, além de trazer a opção de compartilhar a tela e organizar grupos com diversos canais em cada servidor.
Além disso, o aplicativo tem como público alvo principal gamers e comunidades de jogos. Isso porque oferece ferramentas de otimização para uso em segundo plano, enquanto se está jogando, e opções de streaming para transmitir sua jogatina com os amigos.
Por essas razões, a maior parte das comunidades de jogo, seja para youtubers e streamers, desenvolvedores ou simplesmente fãs de um título, utilizam o Discord para se reunir e enviar feedback, compartilhar artes, bugs ou pedir ajuda.
O crescimento da plataforma pode ser visto em números, ao analisar os lucros dos últimos tempos. Apenas em março a plataforma apresentou 140 milhões de usuários mensais, além de ter conseguido um retorno de 130 milhões de dólares no ano de 2020, contra 45 milhões de dólares arrecadados em 2019.
![Microsoft busca uma plataforma de interação com os consumidores](https://technewsbrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/04/microsoft-scaled-e1618960906394.jpg)
Microsoft
O interesse da Microsoft no Discord pode ser o de adquirir uma plataforma em que haja mais engajamento e interação de seus consumidores numa comunidade. Apesar de possuir alguns recursos neste sentido dentro do Xbox, com a possibilidade de adicionar amigos e ver sua atividade, suas concorrentes possuem grandes plataformas dedicadas apenas a isso.
Por exemplo, a Google possui o YouTube, maior plataforma de vídeos do mundo; a Amazon comprou a Twitch, uma das principais redes de streaming de jogos da internet; e o Facebook comprou o WhatsApp e Instagram, aplicativos indispensáveis em qualquer smartphone hoje em dia.
Por isso, o Discord poderia ser uma solução para este problema, com a Microsoft disposta a investir bilhões de dólares na negociação. Infelizmente, as discussões foram encerradas sem chegar a um acordo.
Outras redes buscadas pela Microsoft para negociação foram o Pinterest, rede social de compartilhamento de mídias, e o TikTok, rede social composta exclusivamente de vídeos curtos. Porém, estes acordos também não foram fechados.
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