O Legado de Júpiter | Por que a série foi cancelada já na 1ª temporada?

Descubra aqui os principais motivos para a série O Legado de Júpiter ter sido cancelada pela Netflix já na primeira temporada.

Cena de combate da primeira temporada de O Legado de Jupiter (Imagem: Reprodução/Netflix)

Após uma estreia bem abaixo do esperado, com reprovação no Rotten Tomatoes, a série O Legado de Júpiter foi definitivamente cancelada pela Netflix nessa semana. O que pode até ter decepcionado os fãs do “MillerWorld“, mas certamente não os pegou de surpresa.

Afinal, a série realmente pecou em diversos fatores. Apesar da premissa super interessante, de explorar a transição entre uma geração mais velha de super heróis para uma mais nova, mostrando o conflito de gerações e de ideais, a série ficou bem abaixo do esperado para uma adaptação dos quadrinhos de Mark Millar e Frank Quitely.

Nesta matéria do Sobre Sagas, vamos discutir algumas das possíveis razões para a série O Legado de Júpiter ter sido cancelada pela Netflix já na primeira temporada — e do que a Netflix precisa para não errar novamente na já anunciada série Supercrooks, ambientada no mesmo universo de O Legado de Júpiter.

Principais problemas da primeira temporada de O Legado de Júpiter

A série O Legado de Júpiter tinha tudo para dar certo. Ela já tinha um universo bastante rico, baseado nos quadrinhos de dois quadrinistas de bastante peso da indústria, Mark MIllar e Frank Quitely, com personagens e tramas cativantes. E também tinha um elenco imponente, contando com nomes como Josh Duhamel, Ben Daniels e Leslie Bibb. Mas onde foi que ela errou, então?

Infelizmente, já era uma tragédia anunciada. Começamos a suspeitar de que o resultado poderia ser ligeiramente problemático já a partir da saída de Steven S. DeKnight, o primeiro showrunner da série, na metade da produção. E ele saiu alegando uma coisa em particular: divergências criativas.

Josh Duhamel como Utópico em O Legado de Júpiter (Imagem: Reprodução/Netflix)
Josh Duhamel como Utópico em O Legado de Júpiter (Imagem: Reprodução/Netflix)

E divergências criativas sem dúvidas foi um dos principais problemas da adaptação. Isso porque a série, apesar de adaptar os quadrinhos de Mark Millar e Frank Quitely, difere bastante deles. Algumas das principais críticas do público foram em relação ao enredo, considerado por muitos como chato e com um ritmo extremamente lento, demorando muito para engrenar naquilo que mais se espera de uma série de super-heróis: ação.

Além disso, outra crítica bastante comum foi em relação aos efeitos especiais, considerados bastante ultrapassados para uma série de 2021. Fora a própria caracterização dos personagens, que não conseguiu esconder as perucas, o que comprometeu a carga dramática que a série tentou emplacar.

Esses defeitos mais técnicos é uma surpresa e tanto, já que a primeira temporada, segundo alguns relatórios recentes, custou à Netflix nada mais nada menos que 200 milhões de dólares — dinheiro que certamente não retornou em sua totalidade à plataforma, vide o cancelamento recente.

Nova série ambientada no universo de O Legado de Júpiter

A boa notícia é que o universo da série, que já comentamos ser bastante rico, graças aos quadrinhos de Mark Millar e Frank Quitely, não vai ser totalmente descartado. A Netflix já anunciou a produção de outra série no mesmo universo, chamada Supercrooks.

A série Supercrooks não vai utilizar os mesmos personagens de O Legado de Júpiter — o que já resultou no encerramento de contrato com todo o elenco principal da primeira temporada, como já noticiou o MillarWorld em seu perfil no Twitter. Em vez disso, ela vai girar em torno de alguns vilões já veteranos, que não dão conta de competir com os novos e partem para outras terras, mais especificamente para a Espanha.

Personagens dos quadrinhos Supercrooks, de Mark Millar (Imagem: Reprodução/Millarworld)
Personagens dos quadrinhos Supercrooks, de Mark Millar (Imagem: Reprodução/Millarworld)

Além disso, a Netflix também já anunciou a produção de um anime ambientado no mesmo universo e também focado nos vilões de Supercrooks. O que parece hoje em dia ser a carta na manga da plataforma: se nada mais der certo, um anime deve dar conta do recado — apesar de a aplicação do nome “anime” para produções feitas fora do Japão gerar bastante polêmica e debate.

Ainda não se sabe quanto a Netflix vai investir na produção de Supercrooks, mas espera-se que ela não cometa o mesmo erro que cometeu com O Legado de Júpiter. Ou seja, que ao menos as partes de caracterização, figurino e efeitos especiais estejam à altura de uma adaptação  de uma obra de Millar e Quitely. E também que a série tenha um ritmo melhor, deixando o slowmotion apenas para eventuais cenas de combate, e não para todo o roteiro.

 

Mas e você, o que achou da primeira temporada da série? Como você recebeu a notícia de a série O Legado de Júpiter ter sido cancelada? Acha que a Netflix aprendeu com os erros e não vai os repetir em Supercrooks? Ou acha que a galera pegou pesado com as críticas? Pois conta para a gente aí nos comentários!

Fonte: Netflix e Deadline

Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação e revisão de textos para Web. Apaixonado por poesia, literatura, games, tecnologia e gatos.

1 comentário

  • BOM GRANDE PARTE DAS SERIES COMEÇAM BEM DEVAGAR, SÃO RARA AS EXECEÇÕES MAIS NORMALMENTE DA 3ª TEMPORADA E QUE COMEÇA A MELHORAR, MAIS E UMA PENA QUE A NETFLIX TENHA CANCELADO A SERIE NA PRIMEIRA TEMPORADA, APESA QUE EU ENTENDO QUE A PLATAFORMA TEM QUE TER RETORNO DO INVESTIMENTO MAIS DEVERIAM TER AJUSTADO MELHOR COM OS CRIADORES DA SERIE E TENTANDO PELO MENOS MAIS UMA TEMPORADA .

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