Uma das principais apostas da Netflix para o início do ano está prestes a estrear no catálogo do streaming! A série mexicana “Rebelde“, baseada na novela de mesmo nome que se tornou um fenômeno mundial nos anos 2000, promete trazer bastante nostalgia e grandes reviravoltas tanto para o público mais jovem, que se identificação com os personagens através de sua geração, quanto para o público que acompanhou a teledramaturgia e a banda de sucesso durante a exibição original.
O enredo da novela gira em torno dos novos estudantes do EWS, nova versão do Elite Way School que treina jovens para o estrelato. Enquanto lidam com seus conflitos particulares e com os desafios de amadurecer, esses jovens tentarão provar o que são capazes ao participarem de uma competição de música e homenagear o gigante legado do RBD, que também existiu no contexto da novela.
Desde que a produção foi anunciada, entretanto, alguns assinantes do streaming estão apelidando a série como a “nova Elite“, fazendo referência à produção colegial do streaming, onde jovens estudantes de um internato também enfrentam desafios misteriosos. Sabendo dessa assimilação, o Sobre Sagas, que já teve acesso aos capítulos iniciais da novela, resolveu levantar alguns pontos que comprovam que, apesar do drama, “Rebelde” se diferencia em muito do título espanhol. Confira:
Menos crimes, mais músicas
O principal ponto que diferencia “Rebelde” de Netflix está na música. Não apenas em sua trilha sonora, que conta com novas e antigas canções, mas no fato dos estudantes almejarem o estrelato durante suas trajetórias acadêmicas. Essa obstinação dos personagens faz com que eles embarquem em jornadas pessoais muito específicas sobre suas potencialidades e talentos.
Essa paixão pela música – ou pela fama que vem dela – faz com que o enredo de “Rebelde” se distancie bastante do clima de tensão, investigação e crimes de “Elite“. Em um contexto geral, a série se aproxima muito mais de clichês e dramas adolescentes do que todo o suspense que rodeiam os acontecimentos de Las Encinas. Além disso, os momentos onde os personagens cantam também tornam o clima da série naturalmente mais calmo e despretensioso, deixando a maratona mais leve e descontraída para o público.
Abordagem mais jovem e menos explícita
Quem acompanhou a novela mexicana sabe que, apesar de abordar certos temas polêmicos através de um viés que hoje seria visto como ultrapassado, as cenas do drama nunca tiveram violência explícita, nudez ou atos sexuais representados. Na tentativa de se tornar uma produção amigável para a geração mais jovem, a série da Netflix também segue este mesmo princípio, focando a rebeldia dos alunos em seus conflitos pessoais e amadurecimento.
Já “Elite“, por outro lado, não poupa explicitude em cenas de sexo e arcos de violência, além de adentrar em um lado muito mais psicológico e dualista dos personagens. É claro que, como todo bom drama mexicano, “Rebelde” promete grandes reviravoltas e ações futuras, mas pelo que já foi apresentado até agora, é bastante difícil que isso beire os níveis de “Elite“.
Universo já consolidado
Outra diferença – mais óbvia, mas também digna de destaque – se dá ao fato de “Rebelde” se passar em um universo já consolidado. Mesmo com um Elite Way reformado, quem assistiu a novela certamente reconhecerá muitos elementos dela na série e já embarcará na trama com uma sensação de familiaridade, onde já é possível saber o que esperar de certos alunos e reconhecer o legado do RBD nesse contexto.
Nesse sentido, a primeira temporada de “Rebelde” se distancia dos primeiros anos de “Elite” pelo fato da série espanhola ter que introduzir o contexto do colégio, seus lugares e subdivisões, enquanto a produção mexicana já consegue mergulhar na trama pressupondo que os espectadores já sabem o que aguardar dos diversos estudantes que enfrentam o Elite Way.
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