Desde que estreou no catálogo da Netflix, durante a segunda metade do último mês, a minissérie original polonesa “Queen Loretta” tem estado entre os títulos de maior sucesso na plataforma de streaming. Com apenas 4 episódios, o título ganhou a atenção de milhares de assinantes da marca e continua fazendo bastante sucesso – o que leva os assinantes a procurarem novos detalhes sobre a trama.
Por se tratar de uma produção independente da Polônia, diversas informações sobre o processo criativo da série e os detalhes que envolvem as gravações não foram revelados pela gigante de mídia. Uma informação revelada pela Vogue Polônia, contudo, esclarece detalhe sobre os fatos que inspiraram a série original. Conheça:
Conheça a história real que inspirou “Queen Loretta”:
Em uma matéria especial sobre a série “Queen Loretta“, intitulada originalmente como “Królowa”, a filial polonesa da revista Vogue revelou que a série surgiu através de uma ideia do premiado cineasta Árni Ólafur Ásgeirsson. Para traduzir suas ideias em roteiro, ele contou com a ajuda dos escritores Ottó Geir Borg (O Assassino de Valhalla; Brim) e Kacper Wysocki (Klangor Slowa).
De acordo com a publicação, as inspirações para o enredo fazem uma clara alusão à história de Antoni Cierpliwoski, que nasceu no pequeno município de Sieradz Sieradz, na Polônia, e também se mudou para Paris quando tinha apenas 17 anos. Já na Cidade Luz, ele pode aplicar seus conhecimentos adquiridos como cabelereiro e se tornou um os profissionais de maior sucesso da região.
Uma das grandes diferenças entre o homem real e o protagonista da série, portanto, está no fato dele não ter se dedicado à arte drag. Tal como Sylwester, contudo, Antoine de Paris também enfrentou as dificuldades de ter que esconder sua identidade por viver em um mundo que suas expressões não são bem aceitas. Isso fez com que, apesar de homossexual, o cabeleireiro se casasse com a parisiense Berthe Astier em 1909.
Além disso, os livros biográficos sobre a vida de Antoine de Paris esclarecem que, apesar de não ser uma drag propriamente dita, ele também utilizava roupas notórias por sua extravagâncias. Em sua carreira, ele ganhou destaque após trabalhar nos cabelos de celebridades internacionais, como Coco Chanel, a primeira-dama Eleanor Roosevelt, Brigitte Bardot, Greta Garbo e a Rainha Marie da România.
Por fim, outra relação que se estabelece entre a vida de Antoine e a trama de “Queen Loretta” é que, assim como Sylvestre, o cabeleireiro decidiu retornar para a Polônia após sua carreira proeminente às margens do Sena, em Paris. Lá, ele passou o resto dos seus dias até seu falecimento, aos 91 anos. Apesar de não ter se assumido, Antoine de Paris se tornou um marco da cultura LGBTQIA+ da cidade.
De acordo com a Vogue Polônia, outra grande inspiração que também conta com elementos no enredo de “Queen Loretta” é o filme “Proud and the Furious“, que apesar do sucesso internacional, não foi distribuído no Brasil. Assim como a minissérie da Netflix, o longa também mergulha no contraste entre dois mundos ao retratar um grupo de pessoas queer que se uniram à classe trabalhadora do país de Gales na tentativa de ganharem prestígio e reconhecimento.
O roteiro de “Queen Loretta“, portanto, mistura elementos da história de Antonie de Paris e referências do filme “Proud and the Furious” ao talento e versatilidade do ator polonês Andrzej Seweryn, que por ser fluente em francês, se apresentou como a escolha perfeita para o papel de um personagem tão encantador e multifacetado.
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Já assistiu a minissérie “Queen Loretta” no catálogo da Netflix? Qual é a sua opinião sobre o drama de sucesso? Compartilhe o que pensa com a gente nas redes sociais, e para mais informações sobre a produção e os outros títulos que fazem sucesso na plataforma de streaming, fiquem sempre ligados aqui e nas páginas oficiais do Sobre Sagas!
Fonte: Vogue Polônia
