Drama polonês mostra a luta de uma mulher para manter a família unida mesmo com um casamento infeliz

Dramas que mostram a realidade difícil a qual diversas mulheres são submetidas, estão se tornando cada vez mais populares, e agora é a vez de Minha Vida Perfeita ganhar as atenções na Netflix.

Contando a história de uma professora polonesa que precisa lidar com diversas dificuldades familiares, o filme foi lançado originalmente em 2021, mas só chegou agora no streaming.

A direção é de Lukasz Grzegorzek, que claramente não tem medo algum de ousar em sua narrativa e oferecer uma experiência psicológica ao espectador de seu filme, e principalmente, de sua protagonista.

Confira a seguir mais detalhes de Minha Vida Perfeita da Netflix.

Sobre Minha Vida Perfeita

drama-polones-mostra-a-luta-de-uma-mulher-para-manter-a-familia-unida-mesmo-com-um-casamento-infelizEm Minha Vida Perfeita, Joanna é uma professora polonesa, sobrecarregada e que frequentemente coloca as necessidades da família acima das suas próprias.

Com familiares que parecem depender dela para tudo, as coisas mudam de cenário quando ela decide ter suas próprias liberdades longe dos olhos daqueles que cuida com frequência.

No entanto, quando surge a ameaça de que seus piores segredos sejam revelados, Joanna percebe que sua vida pode estar prestes a mudar de rumo.

Confira o trailer do filme:

Elenco

O filme é composto em sua maioria por atores poloneses ou de origem europeia, e que não são muito conhecidos no Brasil.

Agata Buzek é quem dá vida à protagonista Jo e todos os seus questionamentos morais e é, provavelmente, o rosto mais conhecido do elenco.

A atriz estrelou em filmes famosos como Redenção ao lado de Jason Statan e no drama histórico e emocionante, Agnus Dei.

Outros nomes no elenco são Jacek Braciak, Adam Woronowicz, Malgorzata, Wiktoria Wolanska entre outros.

A sobrecarga feminina novamente em tela

A título de comparação, Minha Vida Perfeita tem uma vibe bastante parecida com A Filha Perdida, filme também da Netflix e que dividiu as opiniões dos espectadores no ano passado, especialmente por seu teor contemplativo e pelo modo “polêmico” como expôs uma mulher e mãe sobrecarregada.

O filme polonês segue uma história completamente diferente e com uma mulher muito diferente, no entanto, o modo totalmente humano como coloca tanto ela, quanto os personagens secundários do filme pode dificultar um pouco a criação de empatia por parte do público.

Ainda assim, eis aqui mais uma história bastante rica em demonstrar as dificuldades de ser mulher, profissional, mãe e esposa. Cuidadora de todos e que por vezes se coloca em segundo, terceiro ou último lugar, sem nunca ter o auxílio daqueles que dependem dela.

O mais interessante é que a forma como a personagem é construída deixa de lado qualquer teor “heroico” que o roteirista poderia inserir para facilitar ao público a criação da piedade por essa mulher. Muito pelo contrário, é fácil demais julgar Jo e suas escolhas questionáveis, seus pecados, da mesma forma com que diariamente o mundo julga mulheres como ela na vida real.

Enfim, é um filme que tem visivelmente  o objetivo de incomodar e fazer refletir, no entanto, não dá para dizer que sua execução é perfeita.

Alguns desvios de roteiro fazem com que a história se perca em vários momentos, e a tentativa de criar um mistério meio sem segurança, só faz com que o filme perca o foco que deveria ter mantido até o final.

Não é um filme para todo mundo

Já pode ter ficado claro, mas é sempre bom alertar que esse não é um filme para todo mundo.

Temos aqui uma produção de ritmo lento, naturalista e até mesmo “cult”, com cortes de câmera não tão comuns e cenas que não são super produzidas, justamente para manter esse teor de realismo.

Dito isso, é fato que muitos espectadores vão achar o filme chato, com um roteiro pouco atrativo, justamente por manter esse teor naturalista e realístico, ou seja, sem grandes rompantes emocionais ou reviravoltas mirabolantes. Como uma história real que poderia acontecer na vida de qualquer pessoa.

Ainda assim, para quem gosta de filmes contemplativos e com significados mais profundos do que apenas o que o roteiro entrega, certamente pode se identificar com a história da mulher e da família aqui exposta.

Enfim, vale assistir e gostar ou não gostar por conta própria.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para materiais em vídeo. Pseudo-cinéfila e apaixonada por todo universo Geek.
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