O Vendedor de Passados | Vale a pena assistir esse filme na Netflix?

o vendedor de passados

Na semana passada, mais uma opção de filme nacional estreou na Netflix trazendo em seu elenco dois dos mais queridos atores brasileiros de todos os tempos. O Vendedor de Passados é um drama livremente inspirado no livro homônimo do escritor José Eduardo Agualusa, e foi lançado em cinemas de todo o Brasil em 2015.

Disponível há algum tempo no Globoplay, e chegando agora na Netflix, quem curte obras do nosso cinema pode estar se perguntando se afinal de contas vale a pena assistir a esse longa com sinopse tão interessante.

A gente te conta o que achou do filme e quais as chances de ficar satisfeito com ele nos parágrafos a seguir.

Sobre O Vendedor de Passados

Vicente (Lázaro Ramos) é um homem com um emprego peculiar: ele inventa novos passados para pessoas que desejam que suas histórias de vida sejam mais interessantes por esse ou aquele motivo.

Dessa forma, quando uma mulher misteriosa (Alinne Moraes) aparece em sua porta dizendo que precisa de seus serviços, não existem muitas surpresas, até o momento que ela faz duas exigências: primeiro que seu passado deve ser construído do absoluto zero, e segundo que, nessa história, ela deseja ter cometido um crime.

Surpreso, ainda assim ele decide aceitar a demanda sem saber que esse pode se tornar o maior desafio de sua carreira.

Produção

O Vendedor de Passados tem em sua direção o cineasta Lula Buarque de Hollanda e foi roteirizado por Izabel Muniz.

Além dos astros Lázaro Ramos e Alinne Moraes, o filme traz outros grandes nomes da dramaturgia brasileira em seu elenco, como é o caso da saudosa Ruth de Souza, que encarna a colecionadora Dona Célia, e o do veterano Odilon Wagner, no papel de Jairo.

Além deles, outros atores presentes no filme são Mayana Neiva, Débora Olivieri, Marcelo Escorel, Anderson Müller e Giselle Mota.

Vale a pena assistir O Vendedor de Passados na Netflix?

Quem gosta de produções do cinema brasileiro certamente vai gostar e até mesmo se surpreender com a construção de O Vendedor de Passados.

Um bom roteiro

Uma coisa que se vê muito em produções nacionais, e que pode incomodar um pouco quem é mais apegado as questões de roteiro, é o fato de os diálogos frequentemente parecerem que saíram de páginas escritas, ou seja, palavras, termos e maneirismos que não cabem em uma conversa real.

Pois bem, se mais alguém for chato com isso como a redatora que vos escreve, um dos pontos altíssimos desse filme com Lázaro Ramos é justamente a fluidez de diálogos que sempre parecem espontâneos (como deve ser!).

Além disso, o roteiro em si é bem trabalhado e a história se mantém envolvente até o final, sem nada muito previsível, porém, mantendo sempre os pés no chão, como algo que realmente poderia acontecer na vida de alguém.

Ótimas atuações

Bom, isso, se você já viu um mínimo de trabalhos da dupla de protagonistas, com certeza não é nenhum surpresa, certo?

Alinne Moraes e sua “mulher sem nome” consegue deixar o espectador, assim como Vicente, morto de curiosidade para entender quais são seus objetivos ou qual é o mistério por trás de seu pedido.

Já se referindo a Lázaro Ramos, não há muito o que dizer visto que, como sempre, o ator entrega tudo e mais um pouco do que o espectador poderia esperar, com uma construção de personagem que se sustenta inteiramente.

E falando em atuações, critério no qual praticamente todo o elenco é satisfatório, aqui cabe uma menção especial a participação de Ruth de Souza, atriz que nos deixou em 2019, e que, mesmo com uma aparição rápida, conseguiu brilhar nessa produção.

Ritmo um pouco acelerado

Aqui um ponto não exatamente negativo, mas que de alguma maneira poderia melhorar, é o ritmo do filme.

No caso, esse é um filme com pouco mais de uma hora e vinte de duração, o que por um lado é bom, porque não fica se enrolando com cenas ou diálogos desnecessários, mas por outro pode frustrar em algumas partes, justamente por não haver tempo para se aprofundar um pouco mais na história.

No caso, claramente que de forma proposital, algumas coisas acabam ficando em aberto no final, o que realmente é a maior sacada do filme. No entanto, alguns detalhes a mais poderiam dar uma sensação de “saciedade” maior no desfecho de tudo.

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O Vendedor de Passados ,disponível na Netflix, é uma obra que merece com certeza ser vista, ainda que, como de praxe, não vá agradar 100% dos espectadores.

Não esquece de voltar aqui e deixar a sua opinião sobre o filme nos comentários após assistir, ok!?

Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para materiais em vídeo. Pseudo-cinéfila e apaixonada por todo universo Geek.
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