Conheça a história real que inspirou o filme ‘Somos Todos Iguais’, da Netflix

Um dos filmes que mais tem feito sucesso na Netflix nas últimas semanas é Somos Todos Iguais, produção que tem figurado entre as 10 mais assistidas da plataforma há bastante tempo.

Porém, o que nem todo mundo sabe é que o filme Somos Todos Iguais é inspirado em uma história real!

Nesta matéria do Tech News Brasil, você vai conhecer a história que inspirou o belíssimo filme Somos Todos Iguais, que vem inspirando e emocionando cada vez mais assinantes da Netflix.

Sobre o filme Somos Todos Iguais

O filme Somos Todos Iguais conta a história real do casal Deborah (Renée Zellweger) e Ron (Greg Kinnear) e da forma como eles conheceram Denver (Djimon Hounsou), um mendigo que ensina uma verdadeira lição de vida para os dois.

No início do filme, o casal está passando por um momento muito conturbado. Isso porque Deborah, ou Debbie, como é chamada, está lutando contra um câncer, e a perspectiva de morte passa a bater à porta dos dois.

Além disso, Ron, um importante e renomado negociante internacional de obras de arte, admite à esposa que a traiu. Porém, em vez de pedir a separação, Debbie faz com que o marido participe com ela de missões comunitárias, ajudando pessoas necessitadas.

As coisas mudam ainda mais na história quando Debbie sonha com um homem misterioso, que ela posteriormente descobre se tratar de Denver, um morador de rua com um passado violento e obscuro.

Interpretando o sonho como uma mensagem, Deborah convence o marido a ajudar Denver, que retribui à ajuda ensinando uma importante e valiosa lição com poder de unir novamente a família, que estava se fragmentando.

Nós, do Tech News Brasil, já fizemos uma outra matéria listando 5 bons motivos para você assistir ao filme Somos Todos Iguais na Netflix. Caso tenha ficado em dúvida se vale ou não a pena assisti-lo, confira essa nossa outra matéria e tire suas próprias conclusões!

Somos Todos Iguais é inspirado em uma história real

O filme Somos Todos Iguais é uma adaptação para o cinema do livro Same Kind of Different as Me: A Modern-Day Slave, an International Art Dealer, and the Unlikely Woman Who Bound Them Togetherpublicado originalmente em 2006.

Em português, o título pode ser traduzido como “Somos Todos Iguais: Um Escravo dos Dias de Hoje, um Negociante Internacional de Arte, e uma Improvável Mulher que os Aproximou“.

O livro foi escrito por Ron Hall e Denver Moore, com a ajuda da jornalista e escritora americana Lynn Vincent.

Os dois primeiros autores são justamente os personagens representados no filme Somos Todos Iguais: o comerciante internacional de arte, acostumado com uma vida luxuosa e com o vai e vem de obras multimilionárias de pintores como Picasso e Van Gogh, e o mendigo com um passado violento e com um comportamento inicialmente agressivo.

Os verdadeiros Ron Hall e Denver Moore (Imagem: Reprodução/Dallas News)
Os verdadeiros Ron Hall e Denver Moore (Imagem: Reprodução/Dallas News)

A história real é bastante similar à representada no filme: depois de Ron admitir uma traição, ele e sua esposa, Deborah, reforçam os laços ao passarem a frequentar um aconselhamento matrimonial e a ajudar pessoas necessitadas em um abrigo para sem-teto.

Neste abrigo, o casal acaba conhecendo Denver Moore, um mendigo que nunca pisou numa escola, que foi praticamente escravizado em um trabalho desumano e de quem todos os outros tinham medo graças ao histórico violento.

Antes de conhecer o casal, Moore passou dez anos preso na Penitenciária Estadual de Louisiana, conhecida como a “Alcatraz do Sul”, por uma tentativa de assalta a mão armada a um motorista de ônibus.

Graças ao incentivo de Deborah, que, assim como no filme, também havia sonhado com Denver, Ron acaba se aproximando do morador de rua, fazendo uma forte amizade com ele.

Segundo Moore, aquela foi a primeira vez em 25 anos de vida na rua que alguém se importou com ele a ponto de perguntar seu nome. Mesmo no leito de morte (Debbie não resistiu à luta contra o câncer), a mulher continuou insistindo para que Ron continuasse ajudando Denver.

Além disso, o livro também descreve a batalha contra o câncer pela qual Deborah passa, dando uma profundidade maior à história.

Além, é claro, de cobrir outros acontecimentos da vida do casal e da relação com Denver, passando por locais como Louisiana, Texas, Hollywood e Nova Iorque.

Infelizmente, Denver Moore morreu aos 75 anos, em seu apartamento em North Dallas, no ano de 2012.

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O livro já foi lançado no Brasil?

Sim, mas há bastante tempo. Em janeiro de 2008, dois anos após o lançamento oficial nos Estados Unidos, o livro foi traduzido para o Brasil pela editora LADSCAPE com o título Somos Todos Iguais: Um Escravo dos nossos dias, um merchand e a mulher que os uniu.

O problema é que ele já saiu de catálogo há bastante tempo, sendo possível encontrá-lo apenas em sebos e lojas on-line (e por preços um pouco acima do normal, dada a raridade da edição).

Porém, agora que o filme está fazendo bastante sucesso na Netflix, há grandes chances de alguma editora comprar os direitos de publicação e relançá-lo no Brasil para aqueles que tiverem interesse em conhecer mais a fundo a história real desta improvável amizade.

O que a crítica diz?

Considerado como um bom filme, ele não é limitado a apenas uma narrativa. Mesmo com seu título em português contrário a proposta do mesmo – onde somos diferentes em vários pontos, ele é uma produção inspiradora para os tempos atuais

Pode ser um filme interessante para quem precisa daquele “impulso” para os próximos dias ou para começar o ano que vem com bastante fôlego.
Além da trama ser considerada como muito bem feita, o que ganha atenção também é a trilha sonora e os diálogos, marcantes em todos os sentidos que podem ser visualizados/ouvidos.

O filme reflete também como apenas um pouco de amor pode ser essencial para que as pessoas possam mudar sua vida, por isso, fica a reflexão de como pequenos atos diários podem realmente modificar a vida de todos.

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Fontes: Dallas News e Netflix

Alexandre Garcia PeresEditor do Sobre Sagas e Analista de SEO da WebGo/Content. Raramente ri com filmes e prefere muito mais um dramão. Sempre conta os dias pelos próximos filmes do Tarantino, da Pixar e do Studio Ghibli e frequentemente reassiste os mesmos filmes na dúvida do que assistir. Pela formação em Letras, tem pavor de adaptações ruins de livros e sente um leve prazer ao assistir filmes muito ruins, especialmente os que passam na TV aberta. No tempo livre, gosta de tocar violão/guitarra, jogar videogame e brincar com um dos seus 12 gatos.
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