Há alguns dias chegou ao catálogo da Netflix o filme “O W da Questão”, produção polonesa de investigação criminal que, fica entre os gêneros mistério e comédia.
Com direção de Piotr Mularuk, o filme é mais uma das apostas da Netflix para descentralizar as produções cinematográficas de Hollywood e oferecer uma visão cultural mais ampla para seus assinantes.
Com uma trama que tenta resolver um caso de homicídio, “O W da Questão” não chegou como um dos filmes mais vistos do streaming, porém, será que isso quer dizer que não vale a pena dar play nessa história?
Confira o que achamos da produção nos tópicos a seguir.
Sobre O W da Questão
Nessa história de mistério/comédia temos Magda, a moradora de uma pequena cidade, mãe e esposa que acabou passando a maior parte da vida se dedicando a família e sem muitas expectativas pessoais.
Uma noite caminhando pelo parque ela se depara com o corpo de uma mulher que carrega um colar com a letra “w”. A maior surpresa para Magda é que o colar da moça se parece muito com o de sua melhor amiga do passado que acabou desaparecendo há anos atrás.
Com a pulga atrás da orelha e percebendo que a polícia sozinha não está chegando a lugar nenhum para resolver o mistério, Magda decide criar sua própria investigação baseada em sua vasta experiência lendo livros de mistérios policiais.
A partir de então, além de começar a auxiliar um de seus conhecidos da polícia, a dona de casa acaba descobrindo segredos que envolvem os moradores de sua pacata cidade.
Vale a pena assistir a“O W da Questão” na Netflix?
Construído para ser um típico filme de “sessão da tarde” até vale a pena assistir a “O W da Questão”, contanto que o espectador o faça sem muitas expectativas.
Apesar de uma premissa interessante, não dá para dizer que o roteiro é construído de forma genial ou original.
Ainda assim, o enredo funciona bem para passar o tempo, e se o espectador gosta de histórias de investigação de homicídio que não se aprofundam na parte tensa do negócio, as chances de gostar dessa obra polonesa são maiores.
Uma mocinha mais esperta do que deveria
Toda a esperteza e faro investigativo da mocinha da história, Magda, pode tanto agradar quanto irritar, a depender do espectador.
Sem nenhum treinamento formal, ela acaba por praticamente chefiar a investigação de assassinato contanto apenas com seus anos de leitura de Agatha Christie.
Isso até que é bem divertido justamente por ser uma possibilidade completamente fora da realidade. Ela acaba tendo insights que ninguém mais tem, e é fiel ao seu sexto sentido.
Sem dúvidas o filme força a barra, caindo constantemente na ideia do “sem-noção”. No entanto, isso só é um problema se o espectador estiver assistindo à produção esperando uma obra convencional e fiel à realidade.
Se visto como uma comédia despretensiosa (o que ele claramente é), dá para notar que a ideia de todo esse exagero de inteligência é completamente proposital, especialmente considerando o contexto familiar subestimado em que a personagem está inserida.
Atuações medianas
Não, “O W da Questão” não tem grandes atuações nem nada do tipo. Todos os atores se mantém em um nível bastante mediano e não conseguem fugir dos estereótipos dados a seus personagens.
Claro que culpa disso pode ser posto no roteiro, que a bem da verdade não ajuda muito na exploração das personas da história, deixando todos em níveis superficiais e clichês.
Apesar disso, considerando que o filme segue um certo tipo de linearidade e não tem nenhuma grande cena dramática que deveria exigir mais do elenco, o que é entregue é suficiente.
Investigação interessante
Por fim, ainda que hajam alguns problemas de ida e volta na história e que o modo como Magda e o amigo policial cheguem as novas pistas seja meio forçado, a investigação como um todo é interessante e entrega uma conclusão satisfatória.
Em conclusão, a história prende o espectador que deseja chegar ao fim do filme e descobrir realmente o que aconteceu.
Pode ser que esse acabe não sendo um filme memorável por se manter em um patamar mediano e ter coisas no enredo que sejam um pouco irritantes (como o marido da protagonista). No entanto, como dissemos, se o espectador for assisti-lo de forma despretensiosa como um passa-tempo, vale sim a pena dar uma chance para a produção.
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Quando terminar de assistir “O W da Questão” na Netflix, não deixe de voltar aqui e nos contar a sua opinião, hein!
