Moderadora processa TikTok por trauma mental causado por vídeos pesados
Moderadora pede indenização por danos psicológicos e exige suporte médico aos funcionários.
A moderadora Candie Frazier, uma das 10.000 do TikTok, está processando a empresa em uma ação coletiva pelos traumas mentais causados pela exposição a vídeos pesados aos quais é obrigada a assistir ao longo do expediente. Os vídeos envolvem cenas explícitas de violência contra seres humanos e animais domésticos, pedofilia e até mesmo canibalismo.
De acordo com a ação coletiva movida pro Frazier, os moderadores do TikTok trabalham em jornadas de 12 horas, tendo apenas uma hora de almoço. Segundo o relatado pela denunciante, os moderadores são obrigados a ver de três a dez vídeos de uma só vez para dar conta da alta demanda.
Legalmente, empresas de mídia social, como o Facebook, o Instagram e o YouTube, seguem algumas diretrizes que visam auxiliar moderadores a lidarem com a exposição a vídeos de violência extrema e abuso sexual, limitando as jornadas de trabalho e oferecendo apoio psicológico. Porém, de acordo com a denúncia de Frazier, o TikTok ainda não passou a seguir essas diretrizes.
Ainda segundo a denúncia, Candie Frazier, que mora em Las Vegas, está sofrendo de estresse pós-traumático e tem tido dificuldades para dormir. Além disso, quando consegue dormir, tem sonhos terríveis em efeito à exposição aos já mencionados conteúdos explícitos.
As exigências feitas na ação coletiva da moderadora, que vai beneficiar também os demais funcionários do TikTok, vão desde uma indenização por danos psicológicos até uma ordem judicial, que obrigaria a empresa a oferecer suporte médico aos moderadores.
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Fonte: Bloomberg
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