YouTube ganha filtro para pais monitorarem o uso dos filhos adolescentes
Nesta última quarta-feira (24), o Google lançou um recurso para o YouTube que permite aos pais monitorarem o que os filhos adolescentes podem ou não ver na plataforma.
O YouTube já possui um filtro parecido voltado para crianças, o YouTube Kids. A ideia por trás da criação dos três novos filtros (que explicaremos mais adiante) é expandir esse monitoramento por parte dos pais. Com isso, estes podem ter um controle maior em relação ao que os seus filhos menores de idade consomem no YouTube.
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Como funcionava o YouTube até então
Até então, o YouTube possuía apenas um filtro: o YouTube Kids. Este filtro era voltado para crianças com menos 13 anos de idade. Caso os pais optassem por aplicar este filtro ao perfil de seus filhos, estes conseguiriam ver apenas conteúdos recomendados para sua faixa etária.
Conteúdos sensíveis, que incluíssem, por exemplo, violência (verbal ou física) ou conteúdo sexualmente sugestivo não apareceriam nas recomendações das crianças.
O problema desse modelo é o seguinte: uma vez que a criança passasse dos 13 anos, ela passaria a ter acesso a todo o conteúdo do YouTube. E isso incluiria os conteúdos que até então estavam escondidos dela. O que sem dúvida é um passo grande demais em um curto período de tempo.
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A criação dos novos filtros voltados para adolescentes
E é justamente por este motivo que o YouTube resolveu criar três novos filtros, voltados para o público pré-adolescente e adolescente. A ideia é tornar esta passagem de um conteúdo infantil para um conteúdo um pouco mais sensível o mais tranquila possível.
O plano do YouTube é o de dividir o acesso de crianças e adolescentes a partir de 3 filtros. O primeiro é o “Explore” (“Explorar”), voltado para crianças a partir de 09 anos que já não se adequam mais às limitações do YouTube Kids.
O segundo filtro é o “Explore more” (“Explorar mais”), voltado a crianças a partir de 13 anos de idade. Esse filtro vai liberar algum conteúdo a mais, indo um pouco além do anterior “Explore”.
O terceiro filtro é o “Most of YouTube” (“A Maior Parte do YouTube”). Este filtro não tem uma idade específica para começar, cabendo muito provavelmente aos pais decidirem quando é o momento mais adequado. A ideia deste terceiro filtro é mostrar praticamente tudo o que tem no YouTube, exceto conteúdos para maiores de 18 anos.
Atualmente, conteúdos para maiores de 18 anos só podem ser acessados com uma conta de um usuário maior de idade.
Os novos filtros já estão disponíveis?
O novo recurso ainda não está totalmente disponível. Nos próximos dias, o YouTube vai disponibilizá-lo numa versão beta, ou seja, numa versão de testes. Isso significa tanto que ele não estará 100% funcional, quanto que mudanças podem (e vão) acontecer nos próximos meses.
É preciso ter em mente que, por estar ainda em fase beta, alguns problemas podem acontecer. Como, por exemplo, o YouTube marcar como recomendado para crianças um conteúdo que não necessariamente é.
Afinal, o processo de seleção e recomendação de vídeos para determinadas faixas etárias vai ser feito de forma automática, a partir de uma inteligência artificial. E pode levar um tempo até que ela pegue o jeito da coisas.
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Só os filtros são suficientes para garantir a segurança do meu filho na internet?
A resposta é: definitivamente não. Embora seja bom, na medida do possível, dar certa liberdade aos filhos, a internet pode ser um lugar bastante perigoso às vezes.
Certamente esses filtros do YouTube, com o tempo, vão dar conta de impedir que crianças e adolescentes consumam materiais impróprios. Entretanto, sem o devido acompanhamento dos pais, a criança pode aprender a burlar o sistema, criando uma conta à parte.
Além disso, a internet não se resume apenas ao YouTube. Nada impede, por exemplo, que ele acesse sites que não tenham o mesmo cuidado que o YouTube. E aí, o que fazer?
O mais recomendado, portanto, é educá-lo desde cedo a não sair por aí acessando tudo o que o mouse pode alcançar. E, é claro, sempre conferir o histórico de navegação e conversar frequentemente com os filhos sobre essas questões de privacidade e segurança na rede.
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