TikTok Brasil cria conselho para combater discurso de ódio e Fake News
Na última terça-feira (02), o TikTok anunciou em seu blog de novidades a criação de um Conselho Consultivo de Segurança para combater práticas como bullying, discurso de ódio e fake news no Brasil.
A novidade, entretanto, não é exclusiva do Brasil, embora muito necessária por aqui. Ela faz parte de um esforço global do TikTok, que tem cada vez mais tentado combater alguns dos problemas de sua plataforma de vídeos. Como, por exemplo, justamente a desinformação, o bullying e o discurso de ódio.
O TikTok não é a única plataforma que parece estar investindo no combate a esses problemas, entretanto. Recentemente, o Twitter, por exemplo, anunciou que vai passar a tomar atitudes mais drásticas contra usuários que publicarem fake news sobre a Covid-19. Com 5 infrações, o usuário vai ter sua conta permanentemente banida da plataforma.
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Membros do novo conselho do TikTok
Ao todo, o novo conselho do TikTok terá 6 membros, cada um deles representando diferentes áreas e esferas. São eles os seguintes (resumos do próprio anúncio do TikTok):
- Yasodara Cordova, bolsista da Fundação MC/MPA Ford, no Ash Center for Democratic Governance and Innovation, na Universidade de Harvard. O foco de seu trabalho é ética digital, direitos humanos, privacidade de dados, desinformação e segurança infantil.
- Fabricio Benvenuto, professor associado do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e ex-membro da Academia Brasileira de Ciências (2013-2017). Ele é especialista em desinformação.
- Nina da Hora, cientista da computação pela Puc-Rio, pesquisadora e disseminadora científica na área de tecnologia e sociedade, com foco em algoritmos, inteligência artificial e segurança cibernética. Suas especialidades são ciência da computação, internet das coisas e diversidade.
- Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia & Sociedade do Rio de Janeiro(ITS Rio). Professor de Direito da UERJ e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Professor visitante da Faculdade de Direito da Universidade de Ottawa. Fellow do Projeto Sociedade da Informação, da Yale Law School. Membro do Comitê Executivo da Rede Global de Centros de Pesquisa da Internet & Sociedade (NoC). É especialista em política tecnológica e regulação.
- Mariana Valente, uma das diretoras do InternetLab, um centro de pesquisa independente com sede em São Paulo, Brasil, que tem como foco a intersecção entre o direito e a tecnologia em espaços online. Também é professora do Insper. É especialista em direitos humanos e politicas de internet, desigualdades e tecnologia, inclusão e acesso digital, e direitos das mulheres e tecnologias digitais.
- Thiago Amparo, professor da FGV Direito – SP e da Escola de Relações Internacionais da FGV, ministrando cursos de direitos humanos, direito internacional, políticas de diversidade, discriminação e direito.
O que muda com a criação do conselho?
A princípio, pouca coisa deve mudar no TikTok Brasil. Entretanto, os membros do conselho vão se reunir de três em três meses a fim de discutir algumas questões relacionadas a segurança na rede, segurança infantil, direitos humanos, saúde mental, desinformação, bullying, discurso de ódio etc.
Com o tempo, é possível que possamos começar a ver os efeitos destas reuniões a partir de algumas medidas que podem ser adotados pelo TikTok no combate a esses problemas. Como, por exemplo, um endurecimento por parte da plataforma em relação a usuários que disseminarem informações falsas e/ou nocivas à população.
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Sobre o TikTok
O TikTok é uma plataforma de vídeos curtos que se tornou mundialmente popular no final de 2018. Ela é um fenômeno entre as novas gerações, embora tenha conteúdos recomendados para usuários de todas as idades.
No TikTok, os usuários podem criar vídeos de no máximo 60 segundos. A limitação não é necessariamente um defeito, mas um dos pontos fortes do TikTok. Afinal, a plataforma exige dos usuários criatividade e objetividade.
Além disso, o TikTok também disponibiliza ferramentas de edição de vídeo bastante simples e intuitivas de se usar, mas muito úteis e elaboradas.
Fora o sistema de recomendação de conteúdo através de uma inteligência artificial bastante avançada, que faz com que o usuário certamente encontre vídeos que sejam de seu interesse.
O modelo de vídeos curtos e facilmente editáveis certamente deu muito certo. Afinal, redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter finalmente encontraram um adversário à altura.
Atualmente, o TikTok está disponível para Android e iOS e já passa da marca de 1 bilhão de usuários em todo o mundo.
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